domingo, 2 de outubro de 2011

Eu ao Meio


O ato de expressar-se não se mantém vivo como antes. O que digo não é necessariamente o que minhas palavras gostariam de dizer. O meu grito de socorro misturou-se com o de liberdade, e juntos se uniram em sussurros. O meu agir passou a ser alheio. O que sinto não é o que minha mente e o meu corpo gostariam-deveriam mostrar, saborear ou ser visto. Parece que um furacão tomou conta do meu ser, levando tudo aquilo que antes me era essencial e pseudo'necessário para um viver tranquilo. Mas acontece que eu não estou aqui. Estou lá com as minhas lembranças, brincando de nostalgia com o que poderia ter sido eterno. Estou em algum lugar vivendo no porão dos meus sonhos futuros. E aquela história de viver o presente? E aquela reflexão de que hoje pode ser o últimodiadenossasvidas? E aquela frase motivacional de que estamos na hora e no lugar certo? E todos aqueles discursos sobre ser paciente e nunca desistir, sendo que o importante é a jornada e não o destino? E todas aquelas musicas astralmente melancólicas-lindas que foram escritas para mim? Tudo Balela? Ando confuso, mas trata-se de um desnorteamento bom e até gostoso de sentir. Porque é novo. Porque é meu, e assim vai permanecer até novas respostas serem trocadas por impiedosas perguntas. Mas antes preciso encontrar o esconderijo onde resido... onde me perdi!

''Esse texto não tem sentido algum, e está tão silencioso como eu. Desse jeitinho. Meio sem jeito, meio bagunçado, meio infantil, meio adulto, meio sem rumo... meio torto. E creio que todo texto merece encontrar alguém que dará sentido a todo esse descontentamento inocentemente contente. LEIA-ME?

|| Carloz.M ||

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