domingo, 9 de maio de 2010

Um vazio cheio de inspirações...


Faz um bom tempo que não paro por aqui, para pensar em algo bom, escrever algo que mostre, como antes, o meu amor, a minha indgnação, a minha 'realidade inventada', tão presente nos belos textos da adorável Lispector - digo como se ela fosse minha vizinha, aquela que peço ovos num belo dia para fazer um digníssimo bolo- . Sinceramente, eu nunca me senti tão vazio no quesito palavras, não que me falte inspiração, de forma alguma, mas o que acontece, é que ontem, hoje, agora, e agorinha, eu me tornei um ser que eu ainda talvez não saiba ser, ou um ser que não precisa de uma teoria para se-lo - se é que isso está certo ou soa de forma intendível, sei lá- . O que acontece é que essas palavras, as benditas palavras parecem escapar-me, por mais que eu tente escrever, descrever, tudo parece muito pequeno perto do que realmente está acontecendo, fervilhando nesse coração! Adias, eu venho vivendo uma nova forma de ver a vida, uma forma que outren eu desconhecia, ou apenas não tinha encontrado ninguém para me ajudar a descobri-la. Quando se tem uma fórmula certa para ser feliz eternamente, o manual adequado para ter dias de descanso e paz, uma mordomia tamanha, tudo parece muito aceitável, mas logo percebemos que estamos vendo um grande filme melancólico, daqueles que o 'felizes para sempre' é intacto, é fato. Acontece que quando se trata da realidade, temos medo, inventamos mil formas de ser feliz, e mais um bilhão de outras complicações para não ser - aí, fica realmente difícil - Chega! Para! É simples ser feliz. A felicidade existe. Então... viva-a! Por vezes me encontro feliz em uma loucura que apenas eu entendo, que apenas eu criei, vivenciei, sem espaço para meras explicações, feliz por ter conhecido alguém que apenas pelo fato de sorrir, me faz sentir a pessoa mais sortuda do mundo, feliz com uma lembrança que me deixa orgulhoso, feliz em ver um filme/seriado/show, ou seja lá o que for, mas que me deixa feliz. Ah, por favor, não me entendam mal. Eu ainda choro, choro muito, ainda fico triste, muito triste, sou HUMANO, dou birra por inúmeras bobeiras, tenho crises de imaturidade, tenho uma criança dentro de mim, que não vai morrer NUNCA, e mais...sem mais! E escrevo esse texto com a certeza absoluta que daqui alguns meses ou anos, vou reler, questionar-me e me sentir bobo por ter dito tudo isso, mas ficarei mais feliz ainda, por ter confundindo minha imaturidade com um tempo sem pausa, que não alivia ninguém, que não perdoa quem não quer tentar e ser... Feliz!

Um comentário:

Leandro Cordeiro disse...

Me lembrei agora de um samba bem gostoso, estilo MPB:

"Acho que estou pedindo uma coisa norma. Felicidade é bem natural! Uma, qualquer uma, que NÃO faça bem! Mas, que também NÃO faça mal."

Saudades querido!