domingo, 17 de outubro de 2010

Conchinha

Quero alguém que decifre em mim, aquilo que nem eu mesmo consegui. Quero que fique calado. Não me conte. Quero poesia de manhã, acordar de conchinha, palavras sussurradas no ouvido. Quero arrepios. Quero morar naquele abraço que me protege do mundo. Morar naquele beijo que me leva pra outro mundo. E quero gargalhadas sem motivos. Briga de travesseiro. Breakfast na cama. Quero voltar a dormir. Dois que se convertem em um. Conchinha. Cócegas. Surpresa. Quero conversas. Maduras. Sérias. Bobas. Quero teu silêncio acalentando meus gritos. Quero proteção. Colo. Afago. Quero puxões de orelha. Beliscões. Conselhos. Criticas. Quero que bagunce o meu cabelo. Quero que morda minha alma. Passeio inesperado. E mais conversas. Falaríamos sobre tudo, sobre todos. Lembraríamos de filmes antigos. Nostalgia. Filmes que nunca vimos. Vontade. Comentaríamos sobre aquele tal seriado fantástico que ambos adoram. Identificação com personagens. Cada um defendendo o seu episódio favorito. E haveria mais gargalhadas. Troca. Sinceridade. Elogios. Haveria cartas a moda antiga. Encontros com a madrugada. Mãos dadas. Confiança. Uma trilha sonora. Haveria milhares de 'Eu Te Amo', cada um com a sua peculiaridade, cada um dito de uma forma. Simplicidade. Lágrimas de alegria, e renovaríamos esse amor a cada dia, como se o amanhã não existisse, pois realmente não existe. Apenas o hoje. Apenas o agora. Riscos. Respeito... Conchinha!