quinta-feira, 1 de julho de 2010

Infinito fim da humanidade...

Mais um dia. Menos um dia. Me peguei assustado antes de dormir, perdido em um pensamento até então bobo, mas bem preocupante. Tudo isso aqui, esses sonhos, esses medos, essas dúvidas, essas brigas, conflitos, mistérios, esse TODO de vida, terá um... fim! Um ponto final sem direito à vírgulas. A gente se apega nas crenças, nas verdades individuais que acreditamos dentro de nossa religião, intuição ou loucura, mas acontece que lá no fundo, bem no íntimo, não temos certeza é de nada. Nadinha. E, você percebe que a vida não é uma luta sem fim, e sim, com fim, sem reticências, sem trégua alguma. Por mais que amemos e sofremos, tudo passa, sempre passará, e outras pessoas estarão -daqui uns 80 anos- aqui, vivendo outras alegrias, outras frustrações, ou até mesmo refletindo como eu, sobre o bendito infinito fim da humanidade. Nessas horas começo a dar um valor danado na vida, e a me envergonhar por perder tanto tempo martirizando-me por futilidades banais. Quantas vezes deixei de sair ou aproveitar inteiramente o dia, só porque uma bendita espinha resolveu aparecer, o cabelo não estava tão legal, a roupa não estava combinando, o nariz parecia estar maior que o normal, a dicção estava horrível, e ninguém entenderia nada que eu dissesse. Ufa! Pura idiotice. Vou tentar mudar um pouco meus conceitos, parar de tratar a vida como se fosse uma matemática dos remédios, sempre à procura de uma bula com suas prescrições e suas fórmulas encantadas para um Happy End. O meu final feliz é cada dia que termino saudável, com a plena certeza que tenho uma família maravilhosa e pessoas que me amam muito. Simples assim, como fazer pipi ;D