domingo, 18 de janeiro de 2009

Me reviro com o destino, ele existe?


E mais uma vez estou aqui, pensando e refletindo com uma sede imensa de escrever, de colocar pra fora palavras que estão explodindo em minha mente e ao mesmo tempo me sinto perdido, sem saber por onde começar, temendo me perder no meio, sem conseguir chegar ao final.Ai percebo, acabei falando muitas coisas, mas elas não dizem o que eu realmente quero expressar.Paro por um momento e leio novamente o que acabei de escrever e vejo que não está tão ruim assim, assim, assim.Ainda sinto algo ferver, algo queimar, meu corpo ferve e queima, uma energia incrível com um tom incontrolável, que não pode parar, que não consigo parar, que não deve parar e não vai parar, que pede muito mais, acelero, atropelo em meu pensar, eu meu duvidar e em meu caminhar. Deitado em minha cama, uma pose que lembra conforto e com uma caneta castigada pelo tempo -mudo de posição-, ao lado uma mesa, minha organizada bagunça, um óculos, quem o vê de longe diria que está em perfeitas condições, mas não, não está não, não.No chão observo uma bola, ainda nova, ainda velha, sem marcas profundas de chutes.De volta a mesa, mochila, bolsa, algumas roupas sujas, uma se destaca ao lado de uma cueca, seria o casal, a dupla perfeita ou apenas uma coincidência, uma mera brincadeira do destino?Continuo analisando meu refúgio, um, dois , três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze bonés fazem parte de minha sútil decoração não programada, uma toalha é reparada, não deveria estar presente, mas só por hoje, eu repito, só por hoje minha preguiça vai deixa-la ficar.Enquanto me viro acabo coreografando um ciclo de movimentos que mais parece uma inquietação sem fim, olho algumas medalhas presas no canto esquerdo da cama - honra ao mérito-, quem nunca sonhou ou ganhou uma(s) dessas? Entre um bocejo e outro encontro alguns livros, não que eles estivessem perdidos, talvez apenas esquecidos, enfim, livros.Enquanto isso paro por alguns segundos e tento encontrar um final e acabo percebendo que nem mesmo o começo me encontrou.